segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Ninguém é Santo...

Me pego pensando sobre o quanto as imagens que temos das pessoas podem nos enganar.

Muitas, e muitas pessoas mesmo, quando entramos em qualquer religião, ou filosofia, fazem a questão de se mostrar a nós como pessoas "iluminadas". Ou "santas".

Mas será que são, mesmo?

Ou melhor, existe isso, de "Iluminação", "Santidade"?

Ao meu ver, não.

Por ter passado mais de 10 anos estudando o Espiritismo, e ter tido contato com uma quantidade incrível de pessoas nessa religião, e em tantas outras, não consigo mais crer em Santidade, ou Iluminação.

Melhor dizendo, as pessoas são capazes de se melhorar, SIM. De se "iluminar". Mas ninguém é santo. NINGUÉM.

A pessoa mais pura que você possa conhecer, aquela que mais te traz paz, aquela que mais te acalma... Ela pode ser o seu pior inimigo. Pode ser aquela que mais vai te fazer sofrer.

Tudo depende de ocasião, e de necessidade.

Ou mesmo, é parte da pessoa, mas uma parte que ela nunca fez questão que VOCÊ visse, ou compreendesse.

Mesmo nomes clássicos, como Paulo de Tarso, ou Francisco de Assis, ou mesmo Chico Xavier...

Não creio em sua Santidade.

São homens. E homens erram. "Pecam", segundo o conceito judaico-cristão-islâmico. Porque não se pode dizer apenas "Judaico-Cristão". O Islã também faz parte da mesma raiz.

Paulo (quando ainda era Saulo), casou e teve uma penca de filhos. Segundo o conceito de Santidade Cristã, ele não era mais "puro". E ainda, na Igreja Católica de hoje, se diz, sobre a castidade, que é baseada numa das Epístolas de Paulo, onde ele diz "Queria que todos os homens fossem como eu, casto". Mas ninguém explica que ele já era velho, quando escreveu isso, já tinha tido relações à rodo com a esposa (e sabe-se Deus com quem mais) e provavelmente, naquela idade, a pipa do vovô não subia mais.

Francisco de Assis, sem me estender muito, se transformou no "santo" depois de matar muita gente, depois de ver os "horrores da guerra, e entender o que tinha feito".

Chico Xavier... Eu sei que posso acabar tendo que pagar pelo que vou escrever, mas não creio que em algum momento, esse homem não tenha cometido um único pecado, uma única palavra fora de hora, um único momento de luxúria. Simplesmente, não acredito.

Não posso falar de Cristo, porque é muito pouco o que se sabe dele. Mas o que importa, acima de tudo, e em todos os outros que mencionei, foi a mensagem deixada por todos eles. Essa sim, tem que ser seguida, tem que entrar nas almas de todos nós.

A grande verdade é que, na maior parte dos casos dos Santos, sua vida de pecado apenas AFIRMA a verdade em sua mensagem, em suas palavras. Mostra que a "Palavra" (ou como você preferir chamar), realmente entrou em suas vidas.

O Pecado VALIDA a Santidade.

Sem pecado, não haveria Santidade, pra dizer de outra forma.

Tudo faz parte de tudo. Tudo se encaixa.

O equilíbrio está em tudo.



Tudo sob controle...

Um comentário:

Nanael Soubaim disse...

Não é santo quem não comete faltas, mas quem as supera e não reincide nelas.