segunda-feira, 2 de julho de 2012

Da estreiteza do mal


As pessoas se perguntam, ou deveriam se perguntar, como a indústria do entretenimento tem dado tanta ênfase e força aos antagonistas, especialmente quando eles encarnam perfeitamente o mal. Aliás, me surpreende que muitos iniciados e aspirantes não se questionem a respeito, e até torçam para os cafajestes, só porque o mocinho não é dado a esbórnias e não tenta seduzir o público; reconheço que mocinhos aguados e insuportáveis, têm sido o estereótipo do herói moderno, mas isto é conseqüência daquilo.

Bem, cari leitori, involuntariamente os dogmopatas estão certo, é um sinal do fim dos tempos. Não como eles pensam, e até desejam, mas é. Como os habituais sabem, em Dezembro Satanás, Hitler e toda a gangue que nos arrastou para este planeta expiatório, serão degredados de novo, desta vez para um planeta que faz o nosso jurássico parecer o jardim dos ursinhos carinhosos. Acontece que o líder deles já sabia disso, burramente insistindo em vez de mudar sua conduta, e deixou instruções claras para ser vingado, para que suas legiões sombrias causassem o maior mal possível à humanidade, enquanto pudessem. Se é o que se pergntam, não, ele não dá a mínima para as conseqüências que seus seguidores enfrentarão, por mais essa dívida contraída.

Daí que as hostes abissais estão revoltadas e dispostas a tudo, cegas por arrastar o maior número de pessoas que puderem para seus domínios. A revolta é alimentada pelo desespero de saberem que a revolta é inútil, que só vai acrescentar sofrimento, para quando eles precisarem reencarnar, o que provavelmente significará mandar muitos deles para planetas piores do que o nosso, ainda que provisoriamente, embora nem de longe se comparem ao que aguarda os idiotas que vão embora neste ano.

Denigrir o que é bom, belo e justo, faz parte do desespero. Eles se aproveitam das más tendências, que iludem os artistas por parecerem dar retorno rápido, na realidade apenas um alangésico a disgarçar o vampirismo. Daí também darem carisma e inteligência aos bandidos, em detrimento dos mocinhos. Daí eu não assistir à maioria dos filmes que fazem hoje em dia. Qualquer semelhança com a política não é mera coincidência. Já disse aqui que Brasília é a maior mantenedora de magia negra do país, lembram?

Embora o cenário seja triste e periclitante, carissimi, ele tem prazo de validade. Embora o mal pareça enorme e invencível aos olhos de muitos de vocês, na verdade ele é tão frágil, efêmero e mutável, que só sobrevive em condições muito específicas, em uma fase estreitíssima da evolução de uma humanidade. Posto que o tempo também só existe em certas condições, restando ao espírito puro apenas o espaço e olhe lá, o mal pode ser considerado uma faixa transversal de poucos milímetros, em uma estrada de milhares de quilômetros. O mal só começa a existir depois que a criatura recebe o livre arbítrio, e termina bem antes de se concluir sua jornada carnal... Isso quando ele acontece, alguns raros espíritos passam incólumes do começo ao fim desta jornada.

Acontece mais ou menos assim: A criatura começa a ter condições intelectuais de escolher o que fazer ou não, em vez de simplesmente reagir ao ambiente. Em dado momento, perceberá que escolhendo suas ações, pode mudar o próprio destino, cabendo-lhe então decidir se mata o sujeito ao lado ou o ajuda a caçar e colher mais. Não preciso dizer o que nós escolhemos. Como conseqüência da escolha errada, e aqui cabe o termo, o humano em questão começa a ver que seus problemas mundanos se resolvem mais rapidamente, embora fique momentâneamente sozinho e desprotegido. Daqui ele começa a procurar outros de sua espécie, entre os quais decidirá se repete ou não a façanha, só que em grupo ele pode acabar sendo punido na mesma moeda por seu atrevimento, pagando assim, imediatamente, pelas conseqüências de seus actos, restando então reparar o mal feito à primeira vítima.

O episódio contado é simplificado, porque na alvorada da consciência as dívidas ainda são simples e fáceis de pagar. Mesmo assim é necessário reincidir muito e com muita vontade para que o mal se instale, e nós fizemos isso! Não adiantaram os milênios reencarnando nas peles de povos inimigos, de grupos rivais, porque o mal da nossa humanidade não distingue absolutamente nenhum ítem discriminatório. O mal da humanidade diz apenas "Eu tenho o direito e os outros o dever de suprí-lo" e ponto final. A raíz de todos os males da humanidade é o egoísmo, não importa que rótulos pomposos os intelectuais de ar-condicionado inventem.

É enganoso, e até perigoso, taxar de mau um ser que acabou de adiquirir consciência e tem sua primeira vida como humano. Nesta fase, ele não intenciona fazer mal aos outros, ainda está muito subordinado às necessidades fisiológicas e não compreende mais do que um palmo além delas. Seu raciocínio ainda está limitado à altura do umbigo, quando muito. Só aos poucos é que vai perceber que fazendo isso, aquilo vai acontecer. Ele não sabe que colocar a cabeça na boca de um leão é perigoso, sus instintos simplesmente dizem para não fazê-lo e ponto final, então ele não faz. Só quando passar a perceber que os animais que o leão come também foram mortos, é que começará a raciocinar a respeito. Até lá, só o medo hormonal o afastará do perigo.

Da mesma forma, antes de ascender, o cidadão já terá se livrado do mal, sem o que não conseguiria levantar a cabeça acima do lodo de suas paixões, assim não conseguindo ver o que a escuridão delas nos priva. Uma vez percebendo essa luz, já sem ser cegado por ela, consegue-se perceber que os danos causados pelo mal, são maiores do que os prazeres proporcionados. Mais uma vez, apenas analgésicos para não se perceber a picada do vampiro. Uma vez percebida a sua presença, este vampiro não consegue mais se aproximar e busca outra vítima, ou definha até virar pó.

E como nós chegamos ao nível de maldade de hoje? Melhorando muito. Os crimes que hoje nos parecem bárbaros, hediondos, monstruosos, noutras épocas eram práticas toleráveis. O que a bíblia descreve do sofrimento dos cristão, não é nem metade do que lhes aconteceu. Torturar cristãos e simpatizantes até a morte, de modos que não colocarei aqui porque não é para suas cabecinhas impressionáveis, isso inclui o tenentão da rotan aí, era um entretenimento popular na época de Nero. Para desviar atenções da decadência de Roma, a prática intensiva do mal a um grupo incoveniente era incentivada pelo império. Sim, Nero faz parte da turma que vai se lascar rapidinho.

E como nós chegamos àquele nível de crueldade? Vestindo a carapuça. Foram muitas encarnações repetindo para nós mesmos "é isto o que eu sou, é isso que eu vou fazer", alimentando larvas astrais horrendas e formas-pensamento mostruosas, que foram facilmente confundidas com demônios e desuses do submundo, mas eram só criaturas astrais saídas de nossas mentes lesadas. Quando lhes eram feitas perguntas, na realidade elas respondiam o que nós queríamos ou temíamos ouvir, porque era de nós, indivivualmente ou em grupo, que elas se alimentavam e se supriam de argumentos. Entenderam agora quem responde ao comando de pastores picaretas e místicos corrompidos? Pois é. Houve uma longinqua época em que era infinitamente pior.

O que acontece hoje, é que há muita gente que não reencarna desde aquela época! Há cidadãos que têm medo de enfrentar as conseqüências de seus actos desde o alto império romano, alguns até antes, mas sabem que terão que fazê-lo de qualquer jeito, a partir de algum momento. Essas pessoas têm clara na memória as lembranças de suas épocas, e inspiram fortemente os trevosos revoltados. Foi o que eu disse, eles vestiram a carapuça e não conseguem mais sair sozinhos desse círculo vicioso. Terão que ser abortados muitas vezes, e viver muitas vezes com limitações totais de suas inteligências, como várias encarnações com hidrocefalia.

Certo, eu falei de um monte de coisas e cousas, que fazem o tempo de maldade parecer uma eternidade. Exactamente isso, o tempo faz parecer. Acontece que o tempo e o espaço são ilusões das quais dependemos, e dependeremos por muito tempo, para nos orientar em nossa jornada triste. Mas são só ilusões. O tempo muito mais do que o espaço. Com isso poderemos fazer uma comparação simples, já que o tempo nada mais é do que a nossa permanência em dada faixa evolutiva, assim podemos fazer uma medição simplificada do tamanho do mal, quando ele existe, na existência de uma criatura.

Quando o  espírito é criado, então puro e à imagem e semelhança do Criador, ele não é bom nem mau, pois um adjetivo só existe em função do outro. Dos bilhões de anos entre a primeira experiência biológica, como algo mais simples do que uma priocarionte, até o momento em que adiquire consciência, já como uma criatura altamente complexa e de cérebro extremamente sofisticado, não existe um só segundo de maldade. Durante todo este período, só existe a satisfação de necessidades, a agressividade em maior ou menor grau ditará tendências, nada além de tendências. Ser altamente agressivo durante uma caçada, com as caças, é desejável em um caçador primitivo, até porque toda a agressividade tem seu clímax quando o animal é abatido, daí em diante é só alegria. As armas de fogo facilitaram a vida do caçador, mas tiraram-lhe o clímax que o mantinha calmo em sociedade.

O mal acontece quando a agressividade é utilizada contra seus pares, deliberada e desnecessáriamente, não um ou outro, mas as duas juntas: deliberação e futilidade de agir daquela forma. Tomando o princípio darwiniano, de que não temos sequer cem milênios de real civilização humana na terra, provavelmente nem cinqüenta, o tamanho do mal é insignificante. É mais ou menos como 20m em um trecho de 1km, não dá meia quadra. E, apesar de o desespero coletivo, o famoso efeito manada, berrar histericamente o contrário, o mal está dando seus últimos suspiros; ele não dura nem três séculos mais.

Temos que considerar ainda, que de então para frente nós teremos um longo caminho de regeneração. Vai no mínimo um milhão de anos para que consigamos retomar o nível que tínhamos, quando começamos a fazer baderna em Capela e fomos degredados para cá. Depois deste período, ainda teremos alguns milhões de anos até voltarmos a ser espíritos puros. Daqui em diante, tudo terá sido apenas experiência, não nos causando boas nem más reações, nos será indiferente em nossas vidas eternas, servindo apenas para as funções de mestres de planetas, a que toda criatura está destinada.

Então podemos ficar sentados, esperando pelo bom da festa? Se fizeres isso, eu vou aí e te dou um cascudo. Como aspirante ou iniciado, tens a obrigação de ajudar nesta transição, começando pelo teu próprio ego: elimine-o. Não de uma vez só, mas começe a miná-lo com a negação do teu egoísmo, da tua péssima mania de achar que estás certo, de que tens a solução para os problemas do mundo, que tens o ponto de vista definitivo para A Verdade absoluta a que SÓ OS ANJOS TÊM ACESSO e por isso mesmo são humildes como ninguém. E pare de dar audiência para esses intelectuaizinhos ridículos, que tanta gente iludida aclama como "gênios", mas não passam de marionetes nas mãos dos trevosos.

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