domingo, 6 de novembro de 2011

Se respeitando a gente se entende


Um dos questionamentos mais comuns, especialmente entre os leigos interessados, é a relação com criaturas de outros planos. Os iniciados repetem incessantemente que se deve impôr respeito e respeitar, para se ser respeitado. O problema aqui é que as pessoas ainda têm na cabeça que "respeito" é o mesmo que dominação, ainda que parcial.

Vamos esclarecer este ponto, mas começando de mais longe, senão os motivos não ficarão claros.

Quando lidamos com gente de... Sim, são gente, mas isto é assunto para outro artigo. Lidando com gente de outras dimensões e espheras, estaremos lidando também com outras faixas vibratórias. O que é isso, para quem acabou de chegar e não sabe onde fica o banheiro? Faixa vibratória é um termo utilizado para designar os limites mínimos e máximos de evolução espiritual, com a qual conseguimos lidar sem maiores precauções. Há gente menos e mais evoluída do que eu, neste mundo, mas a diferença não é grande o bastante para inviabilizar nossa convivência presencial, eu não vou queimar nem ser queimado por ninguém se me aproximar de um cidadão, porque a faixa vibratória dele é muito próxima à minha. Para terem uma idéia, há entidades que precisam recorrer a outras mais baixas, quando querem se comunicar com alguma pessoa comum, porque o contacto directo queimaria rapidamente os perispírito. Há muitos níveis abaixo e acima do nosso, onde a faixa de convivência é muito mais ampla.

Funciona assim: Os pensamentos que conseguimos manter sem esforço é que moldam o que nós somos, influenciando na potência de nossa aura. Quanto mais autruísta e elevado é o pensamento médio, mais rápido nossos chakras giram, acelerando a freqüência com que nossos corpos astrais, que formam nossa aura, vibram e mais forte é a luz que eles emitem. Por isso também devemos estar atentos aos nossos pensamentos, eles revelam cousas que teimamos em guardar no subconsciente. Para a maioria absoluta dos que estão encarnados, os pensamentos são secretos, mas para qualquer desencarnado e qualquer criatura de outras dimensões, eles estão claros e inequívocos à sua frente, como uma confissão de tudo o que se fez e de nossas reais intenções, não importa se conseguimos enganar até o polígrapho.

Quando dizemos que a pessoa deve se respeitar e impôr respeito, é porque quem não se respeita acaba gerando um padrão vibratório baixo, com pensamentos de auto piedade constantes, se fadando ao fracasso por antecipação. O que um ascencionado vai conseguir com uma pessoa assim? Em quê alguém que só pensa na própria deficiência psicológica, poderá ajudar nos trabalhos mais elevados? Alguém assim não se considera digna de receber grandes responsabilidades, fechando os canais pelos quais poderia receber ajuda para exercer o trabalho. Que canais são esses? Inúmeros. Desde receber instruções directamente dos guardiões do planeta, até mensagems subliminares e ajuda de pessoas encaminhadas para isso. Por isso dizemos que o mestre só aparece quando o aluno está pronto para receber a lição. A maioria de nós se nega a conhecer a gramática, por mera comodidade, imaginem estudar línguas antigas, mortas e desmaiadas.

Então, para se chegar a uma entidade mais elevada, é preciso ter um padrão vibratótio mínimo, com um  mínimo de viés de alta, porque com esse viés algumas adaptações podem ser feitas e a convivência viabilizada. Quando eu falei em queimar, não estava sendo metafórico, o perispírito de uma pessoa comum pode ser muito danificado com a aproximação de uma Mestra Rovena da vida, dando espaço para obsessores e vampiros astrais agirem livremente. Por isso a descida e materialização desses seres às nossas profundezas é tão rara, e sempre cercada de uma adequação do ambiente, uma espécie de "luva mística" para nos preservar. Agora imaginem os seres chamados de Anjos descendo... Sem comentários.

Dentro da faixa vibratória da humanidade, baixa pra cacilda, diga-se de passagem, há uma minoria crescente que se aproxima bastante do limite superior, com um bom viés de alta, que serve de excelente ponte entre as espheras superiores próximas a esta. Essas pessoas são as que conseguem manter seus pensamentos mais ou menos elevados por um período bastante razoável de tempo. São pessoas assim que as entidades escolhem para representá-las, porque não alimentam pensamentos de auto-piedade, não se mantém obcecados por uma revanche, com isso conseguem manter um mínimo de respeito próprio. Assim, podendo olhar as entidades mais próximas de frente, sem querer afrontar e sem permitir afrontas, a pessoa se mostra pronta para os serviços que precisa executar, porque já tem maturidade espiritual suficiente para não fraquejar e para responder á altura quando for convocada a dar explicações.

Não é necessário ser santo para tanto, até porque quem é santo já não reencarna mais. Respeitar-se inclui não se envenenar com as porcarias inúteis que vendem como factor de "liberdade", de "maturidade", de "masculinidade" e outras besteiras ideo-mercadológicas do tipo. Mas ninguém será barrado por causa de um chope, de uma taça de vinho, de um churrasco de vez em quando. Quem está lá em cima sabe que aqui em baixo é muito difícil abrir mão de tudo. O corpo humano suporta uma quantidade de álcool, de carboidratos, de gordura, de hormônios, enfim, suporta a vida "moderna" bem dosada. Quando for necessário jejuar, eles mandam avisar. Não faça ou deixe de fazer só porque alguém não gosta, apenas respeite o corpo que habitas.

Por que falei tanto sobre assuntos tão diversos? Porque todos eles estão intimamente ligados ao respeito por si mesmo. Alguém que cede facilmente ao apelo de um prazer, sabendo que vai se lascar, e provavelmente lascar mais alguém, não está se respeitando. Alguém que pede esmolas porque não quer trabalhar, e conheço gente assim, não está se respeitando. Quem se submete ad aeternum a constrangimentos que nada acrescentam e nada queimam de seu karma, não está se respeitando. Quem senta e espera que alguém venha resolver seus problemas, sem dar um só passo para isso, não está se respeitando. Quem se submete ao radicalismo ideo-dogmático, tentando forçar os outros a aderirem, não está se respeitando nem ao próximo. Estes e muitos outros casos focam o pensamento abaixo da linha do tórax, reincidentemente abaixo do ventre, deixando a pessoa presa ao estágio em que se encontra. Quem estaciona, raramente não tenta fazer os outros estacionarem também.

Uma vez estabelecido solidamente o respeito próprio, este traz de carona a capacidade de se colocar na pele do próximo. Aqui está o pulo do gato, a pessoa que se enxerga razoavelmente bem como merecedora das graças que almeja, não simplesmente alguém a quem o mundo tem obrigação de sustentar, começa a reconhecer que os outros também merecem e precisam, fomentando o respeito mútuo que quase não existe desde que caímos aqui. Perceberam? Respeitando realmente o Deus que há em ti, respeitarás também o que habita o outro, simplesmente porque é o mesmo. Os nossos tutores, ou deuses (O Criador é um só) não estão interessados em elitizar e exclusivizar seus contactos, eles querem é nivelar a humanidade inteira, mas por cima.

Estamos entendidos? Então sim, podemos nos comunicar com os elementais, seus reis, com devas, mestres ascencionados e quem mais se interessar em manter contacto, com naturalidade e sem medo, porque o medo também mina o respeito próprio.

2 comentários:

Bizet disse...

Tem dias que a gente tá igual ao dragão: tacando fogo, batendo a calda e querendo voar.

Obrigado por discorrer sobre o "respeito" com respeito, maestria e em essência.

Sou seu admirador, se me permite. Sempre que posso leio seus textos aqui do Demônios Internos.

Que através da sabedoria e do amor você continue seu bom trabalho.

Nanael Soubaim disse...

Soham, aduhirê.

O tema ainda não foi esgotado, há espaço para mais um artigo noutro estilo, mas fico feliz em ter-lhe sido útil.

Fique à vontade, a casa é sua.